Comecei a ouvi-lo um tanto quanto contrariado, principalmente as primeiras músicas, cantadas pelo ex-Exaltasamba Péricles. Não gosto de pagode e não gostava do grupo que ele fazia parte. Logo, não gostei de ver ele cantando músicas do mestre João Bosco. Porém, suas interpretações foram uma surpresa. 'Kid Cavaquinho', em especial, ficou magnífica. 'Dois Pra Lá, Dois Pra Cá' deixou um pouco a desejar, porém ficou aceitável.
Em seguida, começaram as interpretações da jovem Mariana Aydar que não deixou a desejar em nenhuma das canções. 'De Frente pro Crime' e 'Ronco da Cuíca', especialmente, ficaram sensacionais. Leila Pinheiro, conhecidíssima cantora de bossa-nova, interpretou dois clássicos e uma mais recente, 'Sinhá', composta para o CD 'Chico', do Chico Buarque, e também composta juntamente com o carioca. Alcione, em seguida, interpretou as músicas sem muito afinco. 'Quando o amor acontece', que é uma belíssima música, ficou sem emoção. Alcione poderia ter se entregado mais. Porém, a voz dela continua sensacional.
Mas o ponto alto ficou com o final do álbum. As interpretações de João Bosco para suas mais conhecidas canções ficou muito bom. 'Incompatibilidade de Gênios', com a Mariana Aydar, ficou acima da média de todas as canções do álbum. Porém, 'O Mestre-Sala dos Mares', com Alcione e 'Papel Machê' com todos os participantes, mostrou toda a beleza das composições do João Bosco.
Este é um álbum em homenagem ao compositor mineiro. E, ao contrários de muitas outras homenagens feitas aos mais diversos artistas, esta aqui foi merecida e a altura do talento de João, tirando, no máximo, duas interpretações.
NOTA: 8,5
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