quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Ê, Menina!

Esta semana comprei um CD do João Donato chamado 'Ê, Menina'. Como todo CD de Donato, é sensacional. Com uma mescla de músicas mais conhecidas como a famosíssima 'Rã', 'Lugar Comum', 'Flor de Maracujá' e 'Cadê Jodel?', composta em parceria com o magnífico Marcos Valle. Além disso, as menos conhecidas como 'Sambou Sambou' e 'Sonho e Fantasia' complementam o brilhantismo do CD do João Donato.


A única coisa que, para mim, faltou no CD foi a belíssima canção 'A Paz'. Essa música, com exceção da música 'Lugar Comum', é a minha preferida. A belíssima letra e a melodia primorosa formam uma pérola rara na MPB. Abaixo está o vídeo da música, onde Gilberto Gil canta e o acreano João Donato toca em seu inseparável piano.

NOTA: 9,0


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Carlinhos Brown e Sérgio Mendes

Nunca gostei nem do Carlinhos Brown nem do Sérgio Mendes. Acho isto do Carlinhos Brown porque realmente não gosto do seu estilo de música, acho extremamente banal e a maioria das vezes sem sentido. Já o Sérgio Mendes é outro motivo. Sempre tocou bossa-nova, um dos meus estilos preferidos. Compôs e sempre tocou muito bem clássicos da música brasileira. Mas não gosto dele pois comercializa muito a música. Clássicos são transformados em aberrações, mas que muitas vezes fazem sucesso, como  sua versão de 'Mas, Que Nada' de Jorge Ben Jor, para o grupo Black Eyed Pies. Mas confesso que fiquei muito feliz com a indicação da dupla para o Oscar.


Achei as músicas compostas para o filme 'Rio' fantásticas. Uma trilha com a cara do Rio de Janeiro e da bossa-nova. Apesar da sempre incrementação desnecessária de Sérgio, eles deixaram a maioria das músicas com uma bela versão. Torci muito para eles ganharem e é uma pena que não tenham levado o Oscar. Foi extremamente injusto. A trilha do 'Muppets' foi fraca e sem sal. Além disso, ficou clara a preferência pelo filme da Disney. Na hora da entrega, a música dos 'Muppets' tocou por longos segundos. Já a do 'Rio' foi extremamente rápida e tocou muito pouco da trilha. Uma pena. Deveriam ter trazido a estatueta dourada para essa terra tropical.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

CD do Jorge Ben

Hoje comprei um CD nas 'Lojas Americanas', daqueles que só se acham lá e é um apanhado de várias músicas de algum artista ou estilo musical em específico. Dentre as várias opções que havia na loja, achei um do Jorge Ben Jor que me chamou a atenção e comprei. O CD, intitulado '20 Super Sucessos - Jorge Ben Jor', tem várias músicas bem conhecidas do cantor e outras nem tanto, mesclando e criando uma bela harmonia em um cenário geral. Mas ele peca em várias outros quesitos.


Primeiro quesito que me desagradou: a falta de alguns grandes sucessos indispensáveis em um CD do Jorge Ben. 'W/Brasil' e 'Mas que Nada' deveriam estar na coletânea. A falta deles tira um certo brilho do CD, ofuscando algo que poderia ser bem melhor.
Segundo quesito: esse foi o que mais me perturbou. As faixas, em certo momento, se misturam e ficam trocadas. Quando coloquei para tocar 'Que Maravilha' ouvi a canção sem sal 'My Little Brother'. E assim caminha o CD, em meio a uma confusão de faixas.
Lógico que não posso reclamar muito. Esse é um CD muito barato (R$7,99) e não se deve exigir perfeição acústica ou editorial. Mas ele poderia ser melhor, pois poderia ter explorado Jorge Ben, que é um artista fantástico e que teria muito à dar em um CD de super sucessos.

NOTA: 6,0

Preparação para a Virada

A 'Virada Cultural' é um evento que ocorre todo ano em toda a cidade de São Paulo com os mais diversos tipos de shows. Samba, MPB, Rock, RAP, Sertanejo, Pagode e todos outros estilo musicais que você imaginar. Este ano a 'Virada' vai acontecer nos dias 5 e 6 e o site 'Catraca Livre' já está fazendo uma preparação. Através de uma enquete, o site disponibilizou para votação os mais diversos artistas que você gostaria que estivesse presente no evento. Dentre eles está Almir Sater, Chico Buarque, Jorge Ben Jor, Dona Ivone Lara, Ivan Lins e outros bons cantores. Eu, particularmente, gostaria muito de ver Chico e Dona Ivone Lara na 'Virada'. Infelizmente ela está com poucos votos, mas Chico está bem posicionado e tem grandes chances de ganhar. Para votar é só acessar o site Catraca Livre e votar!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Pery Ribeiro

Hoje a MPB está mais triste. Morreu, aos 74 anos, o cantor e ator Pery Ribeiro. Fruto do casamento do casal de cantores Dalva de Oliveira e Herivelto Martins, Pery seguiu o caminho dos pais e fez uma belíssima carreira como cantor. Iniciou-a ao lado do mãe Dalva na dublagem do filme 'A Branca de Neve', onde Pery dublava as canções do anão Dengoso e a sua mãe as canções da Branca de Neve.
Em 1960, Pery gravou seu primeiro disco, contendo várias músicas que viriam a ser sucesso como 'Sofri Você'. Porém, seus maiores sucessos viriam a estourar na década de 1970. 'Barquinho', 'Garota de Ipanema' (a primeira gravação da música), 'Ah! Se eu pudesse' e 'Rio' são alguns deles.


A morte de Pery foi uma surpresa para a grande maioria dos seus fãs e admiradores. Marina Elali, com quem Pery gravou um CD que nem ainda foi lançado, disse em seu Twitter:  "O Pery acabou de gravar um disco lindo, só com regravação de duetos. Fiquei muito honrada por ter sido convidada e nós fizemos uma versão de País tropical em clima bossa nova, ficou bem a cara dele. O Brasil precisa ouvir esse trabalho". Além disso, salientou a educação do cantor: "Ele era daqueles homens de antigamente: classudo, gentil e sempre muito educado".
Pery fará muita falta à MPB, mas com certeza será sempre relembrado.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

É Carnaval! - A Pipa do Vovô e outras do Silvio


No quarto post da série 'É Carnaval!' iremos falar sobre várias marchinhas de um só cantor. Silvio Santos. Silvio, o conhecido apresentador e dono do SBT, cantou dentre várias marchinhas: 'A Pipa do Vovô', 'Transplante Corinthiano' e 'A Bruxa Vem Aí'. Abaixo estão os respectivos vídeos destas marchas, todos veiculados no SBT.



A Pipa do Vovô
A pipa do vovô não sobe mais!
A pipa do vovô não sobe mais!
Apesar de fazer muita força,
O vovô foi passado pra trás!

Ele tentou mais uma empinadinha,
Mas a pipa não deu nenhuma subidinha.
Ele tentou mais uma empinadinha,
Mas a pipa não deu nenhuma subidinha



Transplante Corinthiano
Doutor,eu não me engano,Meu coração é corinthiano!Doutor,eu não me engano,Meu coração é corinthiano!
Eu não sabia mais o que fazerTroquei o coração, cansado de sofrer.Ai! Doutor eu não me engano,Botaram outro coração corinthiano. 



A Bruxa Vem Aí
Ai, a bruxa vem aíe não vem sozinha, vem na base do saci!
Ai, a bruxa vem aíe não vem sozinha, vem na base do saci
Pula, Pula, PulaNuma perna sóvem largando brasano cachimbo da vovó.

Todas essas marchinhas foram compostas pelo casal Manuel Ferreira e Ruth Amaral, que muitas vezes são esquecidos pelo fato de atribuírem a autoria da marcha para o próprio dono do SBT. Há anos eles fazem essa parceria com o Silvio, compondo não só esses sucessos. Compuseram também 'Ritmo de Festa', que durante anos foi o tema de abertura do 'Programa Silvio Santos'.

Ruth Amaral, Silvio Santos e Manuel Ferreira

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Os contos de Adoniran

Sempre imaginei as músicas de Adoniran em forma de crônicas. Seriam perfeitas. As histórias nas músicas do compositor paulista são incríveis e dariam ótimos contos. Por isso, comecei a escrevê-los. Após muito tempo de 'Iracema' estar pronto, resolvi publicá-lo e registrá-lo. Os próximos, se houver uma boa recepção e avaliação de quem os ler, serão publicados em breve aqui no blog. Este conto é de minha autoria e baseado, claro, na música 'Iracema', de Adoniran Barbosa. O vídeo abaixo pode dar uma noção da música a quem nunca a ouviu. Espero que gostem!




IRACEMA

Logo que entrei no bar da Avenida São João, notei aquela figura de vestes esvoaçantes e corpo voluptuoso.  Uma mulher de traços rústicos e perfeitos, como esculpida por deuses. Linda. Cabelos negros escorriam como uma fonte em seus ombros cálidos e expostos pela falta de pano do vestido. A pele morena. Nem tão negra nem tão branca. Morena. Bela.
Estava sentada ao lado de um homem negro e de trajar fino, que sempre estava acomodado no mesmo local do diminuto reduto boêmio paulista. Se não me enganava, chamava-se Silveira. Mas não sei. Pode ser Silvio ou qualquer outro nome. Nunca troquei uma palavra com aquele homem. No máximo pedi um cigarro alguma vez.
Sentei em um banco qualquer do recinto. Não era como Silveira. Ou Silvio, sei lá, que estava sempre sentado no mesmo lugar, naquele desconfortável banco de madeira. Hoje observando os risos da mulher ao lado seu lado. Observei que ao lado do homem encontrava-se um chapéu Panamá e acomodado no braço da cadeira, estava um velho violão. O homem era cantor. Provavelmente sambista. Devia estar contando mentiras para a mulher. Dizendo ser um grande compositor. Dizendo que compôs aqueles sambas da rádio. Só pra levar a mulher pra casa. Certeza.
Chamei o Figueirinha, garçom antigo do bar, e depois de pedir a pinga inicial, indaguei sobre a moça sentada ao lado do sambista. O meu velho colega de boemia hesitou em dar informações sobre ela. Disse que tinha que preservar a identidade de seus clientes. Tirei uma moeda de cem réis da carteira e coloquei no bolso de sua camisa branca. Figueirinha sorriu, o que fez levantar seu pequenino bigode. E desatou a falar da moça. Disse que nunca tinha aparecido ali, mas que Silveira (acertei o nome!) fez uma baita propaganda sua para a jovem moça, dizendo ser um conhecido sambista. Que tinha tocado violão com Noel e Assis Valente. Tudo mentira. Motorista de bonde era a sua verdadeira profissão.  Mas Figueirinha afirmou, com sobriedade, de que a moça era só uma conhecida do sambista. Mas era melhor não mexer.
Depois de adquirir a ficha completa da moça, continuei a fitá-la enquanto bebia minha onipresente pinga. A cada segundo olhando-a, meu amor e desejo cresciam mais por ela. Nunca havia visto tamanha beleza em um só ser. Enquanto observava, Silveira tirou o violão da sacola e desatou a tocar um acordes sem-vergonhas. Nem sabia tocar direito. Mas a menina, que provavelmente não conhecia nada de samba, sorria e suspirava a cada acorde que o ‘sambista’ fazia nascer de seus dedos. Não suportei.
Chamei Fagundes, amigo e sambista que sempre carregava um violão a tiracolo, e perguntei se podia me emprestar o instrumento o mais rápido possível. Enquanto buscava o violão, notei que Silveira estava dedilhando mediocremente o samba - marcha “Com que roupa?”, do jovem compositor carioca Noel Rosa, que há muito havia morrido. Jovem, coitado. Quando Fagundes chegou com o instrumento, coloquei no colo e me preparei pra começar a tocar. Esperei um acorde bom pra dar início ao duelo de violões. Quando Silveira voltou ao refrão (Com que roupa, eu vou?/ Pro samba que você me convidou) comecei a tocar também.
Silveira continuou dedilhando e olhou pra mim. A moça parou de sorrir para o pseudo-sambista e olhou pra mim.  O bar parou e olhou pra mim.  Parecia que o mundo havia parado o que estava fazendo e começou a me observar. Mas não me encabulei. Continuei a enfrentar Silveira, que estava tocando seus acordes sem-vergonhas e sem uma correta noção da música. A moça, após um tempo, saiu do lado de seu ex-ideal de sambista e sentou-se em uma cadeira grudada à minha.  Pronto. Silveira parou de dedilhar instantaneamente seu instrumento e viu que não havia chances com a jovem. Guardou-o em seu estojo de couro e foi embora, sem se despedir de ninguém, apenas deixando uma nota de cinqüenta mil réis no tampo da mesa de madeira carcomida. E meu samba já estava em marcha e fazendo os boêmios do reduto cantarem juntos. A jovem me observava com um belo sorriso nos lábio que me fez tocar melhor ainda. Esse era o meu momento. E eu tinha que aproveitá-lo.
Quando finalmente terminei o samba, todos que estavam me ouvindo no reduto aplaudiram, e os que conseguiam, aplaudiram de pé. A jovem veio então mais perto de mim e me disse em sussurros no ouvido:
- Amei. Você toca muito bem. Nos vemos amanhã?
Não consegui responde de imediato. Sua beleza me fascinava e não me deixava ser quem eu era. Balbuciei algumas palavras sem compreensão e ela me disse que estaria ali no dia seguinte, por volta das 18h. Virou-se e seguiu em direção à porta. Só deu tempo de me levantar e perguntar seu nome.
- Meu nome é Iracema.
Lindo. Nome da índia de José Alencar. Um livro que sempre odiei, mas que naquele momento passei a amar. Iracema. Esse era o nome da minha amada. Da mulher da minha vida. Quando virei de volta para minha mesa para tomar um gole de pinga, percebi um papel ao seu lado. Era um retrato da jovem Iracema. No momento estranhei e perguntei-me o porquê de uma jovem deixar um retrato seu a um desconhecido. E pior, o porquê de uma jovem ficar andando em um bar com retratos seus no bolso. Aí que me toquei.
No canto do bar estava Simão, um amigo desenhista. Ele deve ter percebido a minha fascinação pela moça e aproveitou e fez um retrato. Assim poderia guardá-la em meu coração para o resto de minha vida. Acenei para Simão e li em seus lábios que ele havia dito:
- Essa é cortesia da casa...
Dobrei o retrato e guardei-o em meu bolso do paletó. Continuei bebendo, mas tinha ideia de sair mais cedo e chegar em casa antes do dia raiar. Amanhã teria que estar cedo ali para ver Iracema.
Quando era por volta das 3h, sai do bar um pouco tanto pelo álcool em meu sangue e segui para minha residência. Na metade do caminho senti vontade de ver meu amor. Como não podia vê-la pessoalmente, peguei o retrato e parei. Fiquei observando os traços de Simão e relembrando a pele, o cheiro de Iracema. Durante os vários minutos que fiquei parado no meio da rua, não aconteceu nada. Até que uma brisa matinal soprou e foi mais forte que minhas mãos. O retrato de Iracema voou. E eu fiquei ali, impotente, vendo Iracema voar nas mãos da natureza.

No dia seguinte acordei o mais cedo possível e fui direto para o bar na Avenida São João. Eram 15h e já estava aguardando minha amada Iracema. O tempo não passava, mas os petiscos servidos em minha mesa evaporavam como água em dia quente de verão. Quando o relógio de madeira encostado na parede tocou as seis badaladas, virei imediatamente meu rosto e meu olhar na direção da avenida. Ela iria chegar a qualquer momento.
E chegou.
Dez minutos depois do combinado, Iracema apareceu do outro lado da rua e acenou em minha direção. Até olhei para trás, pensando que ela podia estar sendo amável com outra pessoa, mas não. Ela acenou para mim. Começou a atravessar a rua, bela e esbelta. Só que aconteceu o que não poderia acontecer. Um bonde veio em sua direção e a atirou do outro lado da rua. Iracema bateu a cabeça na guia e faleceu no mesmo instante. Só tive tempo de olhar para o motorista do bonde. Um homem negro e do porte de um conhecido. Silveira. Ele matou Iracema.
Meus olhos marejaram perante o acontecido. Iracema, que vinha direto em meus braços, morreu pouco antes de eu poder falar como eu a amava. Fiquei louco. Aos sons de burburinhos que diziam que o motorista não teve culpa. Que Iracema estava distraída. Que Iracema atravessou contramão. Rapidamente, peguei seus sapatos, que haviam sido atirados longe com a força do impacto. As únicas coisas que poderia guardar de recordação, já que, Iracema, eu perdi o seu retrato.

É Carnaval! - Chiquita Bacana


Este é o terceiro post da série 'É Carnaval!'. Após começarmos com 'Ó Abre Alas', seguido por 'Mamãe Eu Quero', agora é a vez 'Chiquita Bacana'. Composta por Alberto Ribeiro e João de Barro, ou mais conhecido como Braguinha, ela fez sucesso durante muitos carnavais. Abaixo está um vídeo de Eduardo Dussek no programa 'Som Brasil', da TV Globo, em que ele canta a marchinha aqui citada , 'Pirata da Perna de Pau', também composta por Braguinha e 'Vai com Jeito' que será relembrada em um próximo post.


Chiquita Bacana
Chiquita Bacana lá da Martinica
Se veste com uma
Casca de banana nanica.
Não usa vestido, não usa calção
Inverno pra ela é pleno verão
Existencialista (com toda razão!)
Só faz o que manda o seu coração

Logo que foi composta pela dupla de compositores, a marcha ganhou uma gravação da cantora de rádio Emilinha Borba, no ano de 1949. A partir daí, a marcha ficou famosa em todo o Brasil e começou a ser tocada e cantada em blocos de carnaval em ruas cariocas, fazendo dela uma marcha cantada em todos os carnavais posteriores. Até hoje quando se fala em marchinhas de carnaval, se lembra da eterna Chiquita Bacana.

Um dos criadores da Chiquita: Braguinha.
Uma coisa há de muito interessante nesta marcha. É que ela produziu vários frutos. Um deles é uma composição de Caetano Veloso intitulada 'A Filha da Chiquita Bacana', em que em certo momento, a letra faz uma citação indireta à composição de Braguinha e de Alberto Ribeiro: 'puxei a mamãe'.Abaixo está um vídeo do Caetano no programa 'Os Trapalhões'. Enquanto o compositor e cantor baiano canta a sua música, Dedé, Mussum, Didi e Zacarias faziam sua palhaçadas em uma época que Didi ainda era engraçado.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Música na Semana de Arte Moderna de 1922


Esta semana sse completa 90 anos da 'Semana de Arte de 1922'. Dentre as mais diversas obras e artistas apresentados no Teatro Municipal de São Paulo estavam Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Porém, além de quadros, poesias e esculturas, foram apresentadas ao público composições de Heitor Villa-Lobos, que fez uma apresentação clássica. Com um grave problema no pé, Villa-Lobos entrou no palco para orquestrar uma de suas composições de chinelo e sendo sustentado por uma guarda-chuva, como se fosse uma bengala. Abaixo está um vídeo de Heitor Villa-Lobos em que ele orquestra uma música de sua composição: 'Trenzinho Caipira', em homenagem à esta semana que, de certa forma, mudou os rumos da arte brasileira.

Lobão e Maria Alcina no Ipiranga

No próximo mês irão ocorrer vários shows interessantes no SESC Ipiranga. Dentre eles está o show da cantora Maria Alcina. Cantora de sucessos como 'Fio Maravilha', de Jorge Ben Jor, e 'Kid Cavaquinho', de João Bosco e Adir Blanc, ela conquistou um grande sucesso na década de 1970 e 1980. Uma de suas apresentações é memorável até os dias de hoje. Em 1972, realizou um show no Maracanãzinho onde levou a música de Jorge Ben ao estrelato e o público à loucura com a perfeita interpretação de 'Fio Maravilha'. Ela irá se apresentar no dia 8 de Março, às 16h. O ingresso custa de R$4,00 à R$16,00.


O segundo show no SESC Ipiranga que merece consideração é o do cantor e compositor Lobão. Autor e cantor de sucessos como 'Me Chama' e 'Vida Louca Vida', ele ficou muito conhecido pelo estilo de rock que dialoga frequentemente com o samba e até mesmo com a Bossa Nova. Seu show será no dia 9 de Março, às 21h. O ingresso custa de R$4,00 à R$16,00.


O SESC Ipiranga está situado na Rua Bom Pastor, nº822. Ao lado do Museu do Ipiranga.


É Carnaval! - Mamãe Eu Quero


Agora vamos ao segundo post da série 'É Carnaval!'. Após começarmos pelo sucesso 'Ó Abre Alas', de Chiquinha Gonzaga, hoje iremos falar sobre a marchinha 'Mamãe Eu Quero', sucesso na voz de Carmen Miranda. Abaixo está um vídeo da marcha na voz da 'Pequena Notável'.


Mamãe eu quero
Mamãe eu quero
Mamãe eu quero mamar
Dá a chupeta
Dá a chupeta
Dá a chupeta pro bebê não chorar

A primeira gravação da marchinha 'Mamãe eu Quero' data em 1937, sob a autoria de Jararaca (da saudosa dupla Jararaca & Ratinho) e Vicente Paiva. Porém, ela só foi definitivamente considerada marcha de carnaval posteriormente com a gravação dela na voz de Carmen Miranda, regravada pela Pequena Notável em 1941. A partir daí, a música caiu no gosto popular e foi parar na boca do povo nos famosos blocos carnavalescos cariocas.
Um dos compositores da marcha: Jararaca

Um dos grandes equívocos atribuídos à essa música é a sua autoria. Muitas pessoas acham que quem compôs a marcha foi a própria Carmen Miranda. O que é um grande erro. Carmen Miranda nunca compôs uma música, cantando sempre músicas de Dorival Caymmi e alguns outros compositores.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

É Carnaval! - Ó Abre Alas


Estamos em plena época de Carnaval. Blocos saindo nas ruas e o povo se preparando para viajar e gastar todo dinheiro que podem gastar. É o 'Bola Preta', o 'Bloco da Ressaca' e outros blocos menores nas mais diversas cidades do Brasil. E pra homenagear tal data, o blog vai postar, até o término desta festa, várias marchinhas que fizeram sucesso no passado. Além de contar um pouco da história de cada uma. E vamos começar com a marchinha 'Ó Abre Alas'. Abaixo um vídeo da marchinha com as cantoras Marlene, Emilinha e Ângela Maria.


Ó abre alas
Que eu quero passar
Eu sou Lira
Não posso negar
Eu sou Lira

Não posso negar
Ó abre alas
Que eu quero passar
É quem vai ganhar...
Ó abre alas
Que eu quero passar
Rosas de Ouro
É quem vai ganhar...


A marchinha de carnaval 'Ó Abre Alas' foi a primeira a fazer sucesso nas ruas do Rio de Janeiro. Com a autoria de Chiquinha Gonzaga, ela foi composta no ano de 1899. Ela foi composta para ser cantada no cordão carnavalesco carioca Rosa de Ouro. Esta canção fez tanto sucesso que foi frequentemente usada em programas de TV, posteriormente, como o 'Programa Silvio Santos'.

A compositora Chiquinha Gonzaga


A compositora Chiquinha Gonzaga pode ser considerada uma das mais revolucionárias mulheres no campo musical. Em uma época em que a música era para homens e ainda mal se ouvia falar no termo maestrina, Chiquinha já revolucionava e mudava os rumos da música. Ela, inclusive, foi a primeira mulher a reger uma orquestra. Devido à sua importância, Chiquinha já até ganhou uma série na TV Globo, onde era vivida por Regina Duarte. Para saber mais sobre a pianista, compositora e maestrina, entre no Acervo Digital Chiquinha Gonzaga. Abaixo está um vídeo de divulgação internacional da série.

.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Wando

Morreu, na manhã de hoje, o eterno romântico Wando. Internado com problemas cardíacos, o cantor mostrava sinais de recuperação nos últimos dias. Porém, não aguentou e faleceu aos 66 anos. Dono de uma voz marcante, Wando ficou conhecido pelas canções românticas-bregas e pelo fato de receber dezenas de calcinhas durante os seus shows.
Com certeza vai deixar saudades. Mas Wando continua sendo luz. Raio. Estrela. Luar. Wando continua sendo o grande cantor que era.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Quarteto em Cy

Nos próximos dias 11 e 12, irão acontecer no SESC Pinheiros, shows do grupo Quarteto em Cy. Cantando sucessos de Tom e Vinicius, o grupo contará também com as participações de Pery Ribeiro, Joyce e Wanda Sá. Os ingressos custam de R$6,00 à R$24,00 e podem ser adquiridos em qualquer unidade SESC. Os horários são diferentes. No sábado será às 21h e no domingo às 18h.


Projetos foram idealizados durante o tempo de alta da bossa nova

Agora outra informação do grupo Quarteto em Cy. Foi lançado hoje, aqui no Brasil, dois antigos discos do grupo em CD. Esses álbuns haviam sido lançados apenas nos EUA em 1967 e 1968 e apenas agora em terras tropicais.
Dentre os sucessos que estão nos álbuns, pode-se destacar 'Dindi', 'Você', 'Canto de Ossanha', 'Berimbau' e o clássico de Chico, 'A Banda'.

Maíra e Martinho

Que o Martinho da Vila tem uma família talentosa, não há de se negar. Praticamente todos os seus filhos estão no ramo da música e mostrando que possuem o talento que o pai deles possui. Mas essa semana, no Metrópolis da TV Cultura, Maíra Freitas se juntou com seu pai Martinho fazendo um belíssimo show. Cantando músicas clássicas do pai e clássicas no piano, a dupla mostrou que é talentosa e que Maíra tem muito a mostrar. Abaixo estão os vídeos da apresentação para quem não pode assistir. Divirta-se!






Só para constar, este blog estará atento e postará aqui quando for exibido a apresentação de Martinho e de Maíra tocando e cantando Adoniran Barbosa.